sábado, 17 de dezembro de 2011

Inserção no campo

Foi a partir das demandas do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET- SM) crack, álcool e outras drogas, que se fez delinear a inserção no campo nos dispositivos assistenciais a saúde, tanto na rede básica de saúde da família, quanto no Centro de Atenção Psicossocial de Garanhuns (CAPS), onde foi possível enxergar na prática os avanços de um sistema que aos pouco vêm priorizando o processo de humanização e singularização do sujeito, bem como a importância de uma equipe de referência, com apoiadores, que possibilitem o cuidado, mesmo quando a demanda excede o ofertado.
Compartilharmos, através da observação-participante, como a assistência prestada ao usuário e estendida a toda a família configura transformações no espaço social que promove o combate a doença, ou o transtorno, gerando produção de vida. Pois não é só a medicação, não é só o atendimento do médico ou psiquiatra, é o acompanhamento, a participação nos grupos que possibilitam o equilíbrio entre projetos e ações, e isto inclui a eficácia do tratamento.
Por isso, concordamos que todos os integrantes do PET-SM deveriam vivenciar e desfrutar do repertório riquíssimo ofertado nos 03 (três) pólos que o projeto abrangia, dividindo-nos em grupos e realizando as visitas simultaneamente (com a posterior rotatividade). Após as visitas realizadas nos reunimos com a tutoria e preceptoria a fim de distribuirmos as equipes (de forma fixa) e os locais onde seriam desenvolvidas a inserção no campo.
Os vinte e um (21) integrantes foram assim distribuídos, por decisão da tutora em conjunto com os preceptores: sete (07) estudantes no NASF com a preceptora e psicóloga Dulce, sete (07) no NASF com a preceptora e psicóloga Rejane e nove (09) no CAPS. Contudo, devido a demanda do campo, os estudantes que realizavam a inserção nas USF’s, cobertas pelo NASF, se subdividiram para acolher os 06 (seis) postos de cada unidade por NASF, sendo assim ficaram: três (03) estudantes no NASF Boa vista I e Aluízio Pinto, já que funcionam no mesmo espaço físico, dois (02) no Boa vista II e dois (02) no Boa vista III, cobrindo assim as três (03) USF’s do bairro Boa Vista; também no NASF, agora no bairro COHAB II, foi subdividido em três (03) grupos: dois (02) estudantes na USF’s COHAB II-01, três (03) estudantes na USF’s COHAB II-02 e dois (02) estudantes na USF’s COHAB II-03.
Dentro desse processo, desenvolvido ao longo do levantamento de dados, documentos e inserção no campo nas USF’s e no CAPS, com um olhar voltado a uma temática tão crescente e estigmatizada que é o consumo/abuso do crack, álcool e outras drogas, percebemos a gritante necessidade da desconstrução de idéias e estigmas que acabam gerando preconceitos, discriminações, dificultando e/ou muitas vezes impedindo a implantação de abordagens que envolvam este assunto. 

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